Eventos Bate-papo e Lançamento do Livro "O Labirinto de Creta" (Livraria Cultura - Bourbon Shopping)

Bate-papo e Lançamento do Livro "O Labirinto de Creta" (Livraria Cultura - Bourbon Shopping)

Lançamento do livro "O Labirinto de Creta", de Antônio José da Silva, o Judeu

Lançamento do livro "O Labirinto de Creta", de Antônio José da Silva, o Judeu, na Livraria Cultura do Shopping Bourbon, R. Palestra Itália, 500 - Vila Pompeia, São Paulo - SP.

 

O lançamento será precedido por um bate-papo entre o organizador do volume, Carlos Gontjio Rosa, Doutorando em Literatura Portuguesa da USP, e a Profa. Dra. Flavia Maria Corradin, prefaciadora do volume. O debate será mediado pelo editor da coleção Bruno Anselmi Matangrano.

 

Sinopse: Ao longo da História do Ocidente, muitos dramaturgos levaram ao palco a tragédia dos amores de Fedra, esposa de Teseu, o Rei de Atenas, por Hipólito, filho de seu marido. No entanto, antes de se casar com Fedra, Teseu se enamorara por Ariadna que, anos antes, o ajudara a fugir do Labirinto de Creta, onde vivia o terrível Minotauro. Sobre os detalhes deste episódio, pouco se conta, e é justamente a partir de possíveis lacunas desta narrativa que o dramaturgo barroco Antônio José da Silva, mais conhecido como “O Judeu”, vai construir aquela que se tornaria sua peça mais célebre, encenando os amores de Teseu e Ariadna e trazendo novos motes ao clássico mito.

 

Sobre o autor

 

Antônio José da Silva nasceu em 1705, no Rio de Janeiro. No ano de 1712, sua família foi levada a Lisboa, onde seus pais responderam a processos movidos pela Inquisição. Desde então, o Judeu viveu em um clima de terror por ser cristão-novo e chegou a ser preso, mas logo foi solto. Estudou em Coimbra e, depois de formado, mudou-se para Lisboa, onde, seguindo os passos do pai, exerceu a advocacia. Ao mesmo tempo, dedicou-se às Letras, compondo poemas e peças de teatros, pelas quais ficaria conhecido depois de sua morte. Em 1737, foi novamente preso pela Inquisição, de cujos cárceres saiu condenado à morte, sendo queimado num auto-de-fé em outubro de 1739. Sua meteórica carreira nos legou seguramente oito peças encenadas em Lisboa, entre 1733 e 1738. Além disso, escreveu poemas e há quem lhe atribua a peça El Prodigio de Amarante, escrita em espanhol e a novela Obras do Diabinho da Mão Furada, embora tal teoria seja constantemente refutada.

 

Saiba mais:

 

O Labirinto de Creta e o Melhor do Teatro Barroco Português

 

Nesta obra, o leitor é levado ao mito grego de Teseu, no qual o valente herói filho de Poseidon enfrenta o Minotauro e conquista as graças da Princesa Ariadna, filha do cruel Rei Minos. Dialogando com Eurípides, Sêneca e Racine e outros tragediógrafos clássicos, o Judeu levou ao público lusitano dos setecentos uma versão jocosa, em que privilegia a ação e os jogos de erros, bem como a temática do amor e as lacunas do mito original, relegando a segundo plano as futuras aflições – já tão largamente exploradas por outros dramaturgos –, que se abaterão sobre os protagonistas.

Em nossa edição, cuidadosamente preparada pelo pesquisador e ator Carlos Gontijo Rosa, especialista na obra do Judeu, o leitor encontrará o texto original integral, atualizado para a ortografia atual e acompanhado de escritos do jovem especialista: há notas vocabulares e históricas, um glossário com nomes de lugares e personagens gregas e/ou mitológicas, uma Introdução, que nos oferece uma chave de leitura para a peça judeína, e um posfácio, na qual é apresentada uma análise que conjuga o ponto de vista literário e cênico. Integra o volume interessante prefácio assinado pela professora de Literatura Portuguesa da Universidade de São Paulo, Flavia Maria Corradin – também especialista na obra do autor – no qual a trágica vida e o conjunto da obra de António José da Silva são considerados de forma breve, porém aprofundada.

O Labirinto de Creta integra a coleção O Melhor de Cada Tempo voltada à publicação de obras clássicas da literatura mundial, ainda inéditas no nosso país, ou há muito esgotadas, como é o caso desta célebre peça do barroco português. Com esse volume, O Melhor de Cada Tempo inicia a publicação de obras da literatura portuguesa – nesse caso, com importante apoio do Governo Português e da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB).

Mais informações em: